Tudo o que você precisa saber sobre o encontro global de líderes
Pela primeira vez realizado no Brasil, o G20 reúne as principais economias do mundo no Rio de Janeiro para discutir temas globais e propor soluções conjuntas. O evento acontece nesta segunda (18) e terça-feira (19), no Museu de Arte Moderna (MAM).
Por Alex Oliveira para o Informativa PE
O que é o G20?
O G20, ou “Grupo dos Vinte“, é uma plataforma de cooperação internacional composta pelas 19 maiores economias do mundo, além da União Europeia. Recentemente, a União Africana também foi integrada, tornando-se um “G21“. Criado em 1999 em resposta a crises financeiras, o G20 foca em discussões econômicas, sociais e ambientais.
O Brasil preside o grupo em 2024, sucedendo a Índia. No final do evento, o país passará o bastão para a África do Sul.
Temas prioritários da cúpula
Sob a liderança brasileira, três grandes temas guiarão as discussões:
1. Combate à fome e à pobreza – Com o lançamento da Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza.
2. Sustentabilidade e mudanças climáticas – Propostas para acelerar a transição energética e preservar o meio ambiente.
3. Reforma da governança global – Busca por maior representatividade de países emergentes em instituições como a ONU.
Outras pautas incluem a taxação de grandes fortunas, igualdade de gênero e o impacto de guerras em questões econômicas e humanitárias.
Programação do evento
Segunda-feira (18):
– 8h40: Recepção dos líderes mundiais no MAM.
– 10h: Início das discussões sobre combate à fome e à pobreza.
– 14h30:Sessão sobre reforma da governança global.
– 18h às 20h: Jantar de recepção das autoridades.
Terça-feira (19):
– 10h: Sessão sobre desenvolvimento sustentável e transição energética.
– 12h30: Encerramento e transmissão da presidência do G20 para a África do Sul.
– 14h30: Entrevista coletiva de Luiz Inácio Lula da Silva.
Quem estará presente?
Além dos líderes das nações do G20, como Joe Biden (EUA), Xi Jinping (China) e Narendra Modi (Índia), outras personalidades internacionais também estarão presentes, como:
– Ursula von der Leyen (Comissão Europeia)
– Sheikh Khaled Al Nahyan (Emirados Árabes Unidos)
– João Lourenço (Angola)
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, será representado pelo ministro Sergey Lavrov.
Segurança reforçada
Medidas extremas de segurança estão sendo adotadas. A delegação americana trouxe grande quantidade de suprimentos e equipamentos, enquanto a equipe chinesa requisitou varreduras completas no hotel e vigilância constante.
Impacto do G20
Embora não tenha poder legislativo, o G20 influencia políticas globais ao firmar compromissos entre os países. No entanto, como destaca Fernanda Brandão, especialista em Relações Internacionais, “os ciclos eleitorais e mudanças governamentais podem impactar a implementação das medidas acordadas”.
O Brasil no centro do debate global
A realização do G20 no Rio coloca o Brasil como protagonista no cenário global, destacando-se em questões como combate à desigualdade e governança climática.
Apesar dos desafios, o país busca demonstrar liderança ao propor soluções para problemas que afetam toda a humanidade.
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Jessé Souza não é um sociólogo que se esconde atrás de palavras difíceis. Seu trabalho, que ganha cada vez mais destaque na opinião pública, não apenas dá as linhas de uma teoria social inovadora como também investe em explicações para questões urgentes que são espelho da situação sociopolítica do Brasil.
É isso o que vemos neste O pobre de direita , um livro que põe no alvo um dos debates atuais mais acalorados. Afinal, o aumento do apoio popular à extrema direita é um fenômeno recente que, a partir de 2018, mudou completamente o panorama das corridas eleitorais no Brasil. No entanto, como explicar essa adesão repentina? Por que boa parcela das classes empobrecidas aderiu às pautas da extrema direita justamente no momento histórico em que houve uma melhora significativa das condições de vida? O que justifica o apoio dos mais pobres a políticos que retiram direitos e benefícios?
Para responder a essas questões, Jessé Souza se concentra em dois grupos – o branco pobre e o negro evangélico – como modelos desse engajamento. Ao ouvir diretamente as reclamações das pessoas de tais grupos, o sociólogo nos faz perceber, por exemplo, como as demandas racistas da maioria populacional branca da região Sul e do estado de São Paulo passam também a ser defendidas pela população racializada, que, muitas vezes, sofre forte influência dos segmentos evangélicos que apostam na dominação política. Por esse caminho, Jessé Souza propõe uma interpretação inédita e mais profunda do Brasil, na qual o novo arranjo conservador, que alimenta a extrema direita, se revela além das demandas econômicas ou da pauta dos costumes.
É por dentro dessa colcha de identificações, estratificações sociais, fervor religioso, diferenças regionais e imaginação política que o autor reflete sobre as principais causas da “vingança dos bastardos”. Assim, torna-se possível examinar, de fato, como pensam esses grupos sociais ressentidos que passaram a se organizar nas sombras da principal promessa da Constituição Cidadã – a construção de um Brasil democrático, justo e igualitário, sem discriminações e com garantias universais.
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