Maduro Acusa Brasil de ‘Punhalada nas Costas’ e Diz que Itamaraty Garantiu que Não Vetaria Venezuela nos BRICS
Em uma transmissão ao vivo nesta segunda-feira (28), o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, fez duras críticas ao Brasil, afirmando que o país teria traído a Venezuela ao vetar sua entrada nos BRICS. Maduro acusou o governo brasileiro de dar uma verdadeira “punhalada nas costas” e relatou que um “funcionário bolsonarista” do Itamaraty teria comunicado o veto à adesão venezuelana ao bloco.
O Veto e a Reação de Maduro
Maduro também afirmou que o chanceler brasileiro, Mauro Vieira, ficou visivelmente abalado ao se deparar com ele após o veto. “Eu disse a ele: ‘Você vetou a Venezuela'”, contou o líder venezuelano, relatando o momento em que teria confrontado Vieira sobre o assunto. Segundo Maduro, a surpresa foi tanta que o chanceler brasileiro “quase desmaiou” durante a suposta conversa.
A Suposta Garantia Brasileira
Segundo o presidente venezuelano, havia uma expectativa de que o Brasil não se oporia à inclusão da Venezuela nos BRICS, um grupo de economias emergentes que inclui Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. No entanto, a revelação do veto surpreendeu a Venezuela, intensificando as tensões entre os dois países.
A acusação feita por Maduro ocorre em um momento sensível das relações diplomáticas regionais, principalmente com a tentativa de expansão dos BRICS e o papel do Brasil nas decisões internas do bloco.
Impactos nas Relações Bilaterais
O episódio pode representar um novo capítulo nas já complicadas relações entre Brasil e Venezuela. A postura de Maduro, ao culpar diretamente o Itamaraty e um suposto “funcionário bolsonarista”, coloca em xeque a recente aproximação entre os dois países após o fim do governo de Jair Bolsonaro, que tinha uma relação tensa com a Venezuela.
Resta saber como o governo brasileiro, sob a gestão de Luiz Inácio Lula da Silva, irá lidar com essa nova crise e se buscará uma explicação ou um diálogo mais profundo com o governo venezuelano para esclarecer o episódio.
Por Alex Oliveira para o Informativa PE