Suspeito de assassinar estudante que pediu ajuda ao namorado é preso
O principal suspeito de ter matado a jovem Ianca Victoria de Oliveira Silva, de 19 anos, foi capturado pela Polícia Civil de São Paulo no dia (23). A estudante foi encontrada morta a aproximadamente 1,5 km de sua faculdade, e o caso gerou comoção.
Por Alex Oliveira para o Informativa PE
Como os fatos ocorreram
O homem, de 35 anos, teria admitido o crime informalmente. O delegado Marcelo de Freitas, responsável pela Delegacia Seccional de Registro, “afirmou que o depoimento oficial do suspeito será colhido nesta terça-feira (24),” conforme mencionado em entrevista à TV Tribuna.
Freitas destacou que diversos elementos levaram a polícia até o suspeito. “Reunimos evidências técnicas, científicas e tecnológicas. Fizemos levantamentos de campo, análise de fragmentos de imagens e exames de DNA”, explicou o delegado, ressaltando o esforço coletivo da equipe de investigação.
Rota da vítima e provas levantadas
A polícia seguiu minuciosamente os passos da vítima no dia do crime. “Foram obtidas imagens de câmeras de segurança e exames de DNA que, somados ao trajeto feito por Ianca e ao deslocamento do suspeito, coincidem em horário e local”, afirmou Freitas, garantindo que as provas são conclusivas sobre a autoria do crime.
Segundo o laudo, a jovem foi morta por asfixia mecânica, sendo vítima de um golpe conhecido como “mata-leão”. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que a investigação segue com diligências adicionais para concluir o inquérito e esclarecer todos os detalhes do caso.
O nome do suspeito ainda não foi divulgado pelas autoridades, e a Informativa PE não conseguiu contato com a defesa do acusado até o momento.
Última vez na faculdade: os momentos finais de Ianca Victoria antes do desaparecimento
Ianca Victoria, estudante de farmácia, foi vista pela última vez no Centro Universitário do Vale do Ribeira, na noite de quarta-feira (11). Após sair das aulas, ela ligou para o namorado pedindo ajuda, mas desapareceu logo em seguida, o que levou seus amigos e familiares a uma busca incansável.
Ludmila Rodrigues do Amaral, amiga próxima de Ianca, relatou que as duas haviam combinado de se encontrar após a faculdade. No entanto, por volta das 22h05, a estudante deixou de responder às mensagens, o que causou preocupação. Ludmila tentou contato diversas vezes, ligando repetidamente para Ianca. “Ela nunca ficaria tanto tempo sem atender”, afirmou a amiga, temendo o pior.
Ao falar com o namorado de Ianca, Ludmila foi informada sobre a angustiante última ligação. Segundo ele, a chamada durou apenas 19 segundos, tempo suficiente para ouvir Ianca pedir socorro desesperadamente. “Ela dizia ‘sai, sai daqui’, e o som dos passos dela correndo podia ser ouvido”, detalhou o rapaz.
Preocupados, Ludmila, o namorado de Ianca e outros amigos começaram a busca nas proximidades da faculdade naquela mesma noite. “Procuramos por ela das 23h até as 2h da madrugada, mas não encontramos nada”, contou Ludmila, que, em um esforço desesperado, fez um cartaz com as informações do desaparecimento, que logo se espalhou pelas redes sociais.
Infelizmente, o corpo de Ianca foi encontrado pela polícia na manhã de quinta-feira (12), em uma área de mata na rua Oscar Yoshiaki Magário, localizada no bairro Jardim das Bromélias, a cerca de 1,5 km de onde ela estudava. A polícia foi acionada e o local, preservado para perícia.
Rosa de Oliveira Azevedo, mãe da jovem, descreveu a filha como uma pessoa muito responsável e querida por todos. “Ela tratava bem todo mundo”, disse emocionada. Ianca trabalhava em uma loja de roupas durante o dia e estudava à noite, mantendo uma rotina dedicada.
A perícia confirmou que o corpo era de Ianca, e sua mochila foi encontrada próxima a ela. O celular, no entanto, foi localizado posteriormente, tornando-se uma peça importante para as investigações.
Com a prisão de um suspeito, as autoridades esperam esclarecer os detalhes desse trágico crime e trazer alguma sensação de justiça para os familiares e amigos de Ianca.